Alta Fidelidade - OST

Mais uma belíssima trilha sonora de uma película que tem tudo a ver com música.

Sem muitos comentários, mas recomendo tanto a trilha (que neste caso não é tãaaao relacionada com a obra quanto em outros casos) quanto o filme em si.

Destaco a baladinha "Who Loves the Sun" e a belíssima "Dry The Rain".



Tracklist:
1. You’re Gonna Miss Me - 13th Floor Elevators
2. Everybody’s Gonna Be Happy - The Kinks
3. I’m Wrong About Everything - John Wesley Harding
4. Oh! Sweet Nuthin’ - The Velvet Underground
5. Always See Your Face - Love
6. Most Of The Time - Bob Dylan
7. Fallen For You - Shiela Nicholls
8. Dry The Rain - The Beta Band
9. Shipbuilding - Elvis Costello & The Attractions
10. Cold Blooded Old Times - Smog
11. Let’s Get It On - Jack Black
12. Lo Boob Oscillator - Stereolab
13. Inside Game - Royal Trux
14. Who Loves The Sun - The Velvet Underground
15. I Believe (When I Fall In Love It Will Be Forever) - Stevie Wonder

Pra quem quiser, é só pegar aqui.

Link assaltado do Blog do Edmilson.

Juno - OST

Um fato comum - e bastante curioso - com trilhas sonoras é a dependência que elas têm em relação ao filme de que tratam. A primeira vez que escutei a OST de Juno foi no quando do Oscar, onde o filme levou a estatueta de melhor roteiro. Confesso que de início não fiquei tão extasiado com a trilha, o que é totalmente admissível.

A trilha de Juno é uma daquelas que não se desprendem do filme. É impossível escutar "Anyone Else But You" sem lembrar do casal sentado à varanda com seus violão empunhados declarando as belíssimas frases da canção. Mas a dependência vai além disso: o álbum seria chato e demasiadamente meloso. Se não tratasse de uma película tão simpática.

Recomendo imensamente para quem já assistiu o filme.

Tracklist:
1. Barry Louis Polisar - All I Want Is You
2. Kimya Dawson - My Rollercoaster (Juno Film Version)
3. The Kinks - A Well Respected Man
4. Buddy Holly - Dearest
5. Mateo Messina - Up The Spout
6. Kimya Dawson - Tire Swing
7. Belle & Sebastian - Piazza, New York Catcher
8. Kimya Dawson - Loose Lips
9. Sonic Youth - Superstar
10. Kimya Dawson - Sleep (Instrumental)
11. Belle & Sebastian - Expectations (Remastered)
12. Mott The Hoople - All The Young Dudes
13. Kimya Dawson - So Nice So Smart
14. Cat Power - Sea Of Love (Remastered)
15. Kimya Dawson & Antsy Pants - Tree Hugger
16. The Velvet Underground - I'm Sticking With You
17. The Moldy Peaches - Anyone Else But You
18. Antsy Pants - Vampire
19. Michael Cera And Ellen Page - Anyone Else But You

Pra quem quiser, é só pegar aqui.
Link assaltado de algum lugar da net, não lembro qual.

Adriana Calcanhotto - Maré

Uma bela surpresa para 2008.


Rumores diziam que Adriana planejava continuar com o projeto Partimpim, partindo para um outro álbum para crianças. Porém, no início deste mês fui tomado de surpresa pelo lançamento do álbum Maré, segundo da pretendida trilogia que teve início com Marítimo (1998).

Inicialmente, tive a impressão de ser um álbum com uma boa dose de melancolia. Descobrindo as canções, fiquei maginificado pela diversão da faixa "Porto Alegre" - que canta os versos "Mas chegando à praia / Não fiz nada disso / Então eu caí / Nos braços de Calipso", encarnando o deus Ulisses, que, segundo o texto da Odisséia, chegou à praia de Calipso e foi seduzido por ela. A segunda canção destacada é "Um Dia Desses", letra que narra um amor descompromissado: "Um dia desses eu me caso com você / Você vai ver, ai ai, você vai ver / [...] E se não der eu pego um avião / Vou pra Shangai e nunca mais volto pra te ver".

Excelente álbum da mais bela voz da MPB atual. Vale o ticket!

Tracklist:
1. Maré
2. Seu Pensamento
3. Três
4. Porto Alegre (Nos Braços de Calipso)
5. Mulher Sem Razão
6. Teu Nome mais Secreto
7. Sem Saída
8. Para Lá
9. Um Dia Desses
10. Onde Andarás
11. Sargaço Mar

Pra quem quiser, é só pegar aqui.

Link assaldo do PV Downloads.

Casa de Mato

A simplicidade de algumas coisas impressionam.

Dia desses fui visitar alguns parentes em um longínquo povoado do interior catarinense. Família humilde - mas muito simpática -, demoraram a nos reconhecer.

O local da conversa foi a garagem da casa. Um muro à meio metro com uma textura em cor laranja limitava a área, que tinha em seu lado um grande gramado onde galinhas se divertiam no sol da tarde de domingo. Enquanto risadas e gargalhadas conduziam a conversa, um pequeno vaso era balançado pelo vento quase como um bebê que descansa com o ninar da mãe.

As horas passam voando e no fim da tarde somos convidados para o café com cuca dos colonos. Me sirvo, não fartamente, mas suficientemente bem para conseguir apreciar as delícias que o mato nos proporcionam. Olhava para aqueles que me cercavam na mesa, dois velinhos. Ela, uma senhora de cabelos-pretos pintados com um sorriso tão fácil que nos fazia sentir magnificamente bem. Ele, um senhor com rosto sofrido e mãos calejadas, que sempre completava as frases da esposa, ao que era respondido com uma sonora gargalhada e três tapinhas nas costas. Pude sentir em cada momento desse o amor que ainda mantinha viva a vontade de viver do casal.

Terminado o café, era hora de se despedir. Enquanto caminho em direção ao carro, olho novamente para a folhagem que continuava balançando com a brisa. Fazendo companhia aos seus donos, ela quase que tentava dizer que ali, no meio do mato, é o homem que vive em função da natureza, e não vice-versa.