As manhãs de sábado me convencem a escrever. E foi indo atrás de algum assunto interessante que me instigasse o suficiente para abrir o bloco de notas que encontrei uma crônica de Rubem Braga.
Por que esse mundo anda como um trem desgovernado em trilhos frouxos?
Por que os valores estão cada vez mais deturpados a vista de tempos atrás? Não é nenhum velho quem está escrevendo isso, não vivi há tempo suficiente atrás para saber o quão diferente era de hoje. Nota-se aí, então, mais alguma coisa errada. Se até um pimpolho de 20 anos como eu sabe que os valores e princípios estão como retas traçadas por um senhor com Mal de Parkinson, o que dirá alguém que sabe exatamente como tudo isso funcionava há tempos.
Não, não reclamo do mundo em si. Reclamo dessa nossa tecnologia que inverte tudo. Começando pelos meios de comunicação que noticiam pela sensibilização (negativa) ao invés da informação útil. Recomendo a leitura da ótima
crônica de Rubem Braga sobre esse assunto. Por isso, muito me agrada a idéia de juntar amigos verdadeiros, contruir um grande barco e soltar-me ao mar - fugindo finalmente de toda essa coisa que só chateia.
Ah, seu eu fosse marinheiro...
Há exatos 2 anos sentia o arrepio que até hoje foi o mais phoda que minha pobre e curta vida já experimentou, pelo simples fato de (em questão de 5seg) ver a cena de 20 mil pessoas se estreitando em um precipício para assistir a um dos maiores nomes do rock mundial - que começava a tocar naquele exato instante. Nunca esquecerei da noite em que o Pearl Jam botou as pedras da Paulo Leminski abaixo, ou melhor, colocou-as "de vuelta no lugar".
